Não importa quantas pessoas morreram no dia anterior, quantas irão morrer no dia seguinte, quantas morrem enquanto você lê esse texto, ou ao menos passa os olhos.
E não importa o quanto as pessoas precisem de você ou daquele texto ou da correção daquele outro ou da criação do sei o quê. Tanto faz o mundo ao redor, a atmosfera cheia de oxigênio que entra pelas narinas ou pela boca mesmo, estou gripado.
O mundo se despedaça ao teu redor e a única coisa que consegue pensar é: "porque diabos me levantei hoje". E se lembra que o mundo não pára quando você precisa, ele simplesmente te obriga a levantar e sair da cama. E você sai. E como num instinto o mundo pára de rodar apenas ao seu redor. E não importa.
A dor de cabeça que perpassa o tic-tac do relógio; a pressa dizendo para você - naquela voz grave e surda bem ali atrás do seu consciente - que você precisa levantar, acordar, correr. Já não lembro mais o dia em que não estive atrasado com alguma coisa. Não importa
Os carros buzinam, os credores te xingam, a bateria do celular termina; não importa.
A impressão não é de tristeza ou melancolia, não é um problema que você não queria, simplesmente não importa.
Porque quando você está gripado, nada mais importa.
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Se você tivesse mesmo razão não comentaria de forma anônima.