terça-feira, 16 de novembro de 2010

Matem o mensageiro!

 

   Na Grécia clássica, bem como na Roma antiga, o mensageiro era punido caso trouxesse mensagem ruim…

   É, não é das coisas mais justas do mundo, mas sempre foi assim. O rei (ou qualquer título similar) enviava uma mensagem ao outro reino (idem idem) e lá ia o coitado do mensageiro.

   Quando lá chegava e lia / entregava a mensagem, cujo conteúdo lhe era incógnito, o raparigo (em geral homem) sofria as consequências ou os agrados conforme o conteúdo da mensagem.

   Lembra do “This is Sparta”? Pois então a coisa era assim mesmo.

   De fato ainda hoje não é muito diferente. Ou você nunca viu alguém ficar fulo da vida com o coitado que trouxe uma má notícia? Pois sim, hoje não matamos ninguém, mas não deixamos todos os resquícios de lado. É complicado separar o mensageiro da mensagem.

    E quem mais sofre com tudo isso? Meus celulares.

cel

   Acha que não faz sentido?

   Pois eu mesmo perdi 3 celulares (não conto com o atual) por conta das mensagens que ele foi obrigado a me repassar. É bem verdade que tenho em meu sangue uma influência bombástica de Itália e Espanha, o que causa reações nem sempre apropriadas, como jogar o telefone ao chão.

   Agora junte a este sangue levemente explosivo qualquer serviço que possua telemarketing. Pronto. Um celular a menos no mundo.

   O telemarketing é o principal culpado pelos assassinatos de celulares. Veja bem, o telemarketing passa a mensagem sem estar, de fato, presente.

   Não há ninguém para jogar no fundo do poço quando ouvimos aquelas frases com 3 verbos do tipo:

O senhor vai estar aguardando enquanto eu irei estar fazendo a correção da fatura…”

   Simplesmente não podemos fazer nada senão concentrar toda a raiva do mundo e dizer: “Vai tomar no cu, filadaputa”. Coisa que, em minha humilde opinião, reflete pouco o momento de ódio puro que nos toma.

   Não nos resta nenhuma alternativa senão socar o celular, arremessá-lo ao chão, bater em nossa própria cabeça ou coisa similar…

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